quarta-feira, 28 de outubro de 2009

TE DARÍA




Sí yo supiera hacerlo
te cantaría desde lejos
en mis versos
para que tú nombre
llegase al infinito
del más distante universo
y si yo pudiera hacerlo
te daría el cielo,
 las estrellas y de ellas
la más brillante
te daría
como si fuera un diamante.
Te daría el silencio de las flores
en las perlas del rocío
y lo canto matinal
de los pájaros
en el agua del manantial
susurrante
te daría tambien,
si pudiera,
la música celestial
de los amantes.

POETA


Faz-me tua
Faz-me nua
Messalina
dos teus versos
Dá-me a lua
Estrela
Sol e mar
Seja
Meu vento
Desnudando
Deslizando
Carícias do meu ser
Serei teu porto seguro
Tua nau singrando
Suave
as ondas do meu mar
Meu doce Poeta
o tempo é breve
As flores já enfeitam
O nosso jardim
No ar
O perfume do bogarí
No leito
um jeito secreto
Na voz
Um doce segredo
Quer ouvir?

SECRETO



Na Alma um segredo
No coração um jardim
Secreto


Florindo cores
Beijos coloridos
Beijos em flores


Secreto
Jardim
Brotando
Desejos
Dos beijos

Segredos que desvendas
Todas as vezes
Que plantas
Flores no meu ventre

terça-feira, 27 de outubro de 2009

INTIMIDADES


Eu sou o vento
brisa suave
que sopra morno
e pela tarde
te beija o rosto.
Tu és meu mar
e ao sol-posto
tu és a estrela
que no céu brilha
para me guiar.
Tu és o cálice
eu sou a pétala
que pela noite
te cobre o corpo
eu sou a nau
tu és meu porto.

DESEJO


Se pudesse
dava-te um beijo
e matava este louco desejo
de te dar um beijo
em que estou a arder.
Mas como não posso
guardo este desejo louco
de te dar um beijo
com sabor a pouco
que me faz sofrer.

sábado, 24 de outubro de 2009

AOS POUCOS



Lentamente
levantamos nossas mãos
cruzando gestos
e aos poucos
semeamos nossa roupa
pelo chão.
Juntando nossas bocas
trocamos
nossos braços
e de corpos enlaçados
fomos um.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A POESIA, O POEMA E O AMOR


Não inventes a poesia
não inventes o amor
o amor como a poesia
não se inventam
porque existem.
Mexe, remexe
procura nas palavras,
deita fora as que não te servirem
mas as outras,
as que ficarem
junta-as com cuidado
nelas encontrarás o poema,
com o poema
encontrarás o amor

domingo, 18 de outubro de 2009

AUSÊNCIA


Sinto falta de ti
do teu sorriso
do brilho dos teus olhos
do esconde esconde
quando brincando
me acariciavas o rosto.
Sinto falta dos teus beijos
do sabor da tua boca
do veludo da tua pele
e até sinto falta
do franzir dos teus lábios
quando a sorrir me dizias;
Não!
Sem ti
os meus dias correm vazios
e o tempo
descreve lento o seu arco
no céu que me cobre.
Mas é alí,
à esquina da tarde,
onde o sol espera a lua
antes de cobrir a sua luz
com a cortina da noite,
para que o branco luar
inunde a terra
e não nas silenciosas horas
da madrugada,
que antecedem a alvorada,
que mais sinto a tua ausência
e a falta do calor do teu corpo.
Porque era ali,
à esquina da tarde,
era ali
que começava o nosso dia.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

TERRA CASTANHA


A terra castanha
desceu do morro
feita lama.
Com ela vinham as tábuas
castanhas,
outrora casas
plantadas no morro.
Com elas vinham também
os homens
as mulheres
as crianças
o fruto e as sementes
que haviam crescido no morro
com a terra castanha.
Misturados com a lama
vinham também os sonhos
das sementes
que não vingaram.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

SEM TITULO


Tinha nos olhos azuis
toda a perfeição do universo.
Vestia cabelos loiros
onde só os botões rosa
dos seus seios
espreitavam por estreitas frestas.
O quadro era perfeito
como o desejo despertado.

domingo, 11 de outubro de 2009

UM SONHO COM NOME


Vi-te hoje,
entre as brumas de um sonho.
Hablábamos,
hablábamos como me hablabas
en las calles de Habana
que los dos paseamos,
hablabas, pero no te oía.
O silêncio do teu sorriso
ecoava no meu sonho
e o teu sorriso era o mesmo,
o mesmo sorriso
com que meigamente me olhavas
com esses teus lindos olhos
cor de café.
Sempre te disse que via neles
um por do sol de despedida
que me arrepiava.
Depois,
no meu sonho,
deixámos deslizar
as nossas mãos de areia seca
como naquele dia
em que nos despedimos
prometendo, os dois, voltar.
Mas nesse dia,
nesse dia em que nos deixamos,
nesse dia nos perdemos
para sempre.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

FANTASIA


Como um cavalo louco
percorri livremente
o campo de flores
do verde dos teus anos
e a dor da tua ausência
que só me causou danos
levou-me doidamente
à descrença do amor
na minha consciência.
O amor que tu negaste
mudandodo-me o viver
e o vazio que deixaste
no intimo do ser
tomou-me pouco a pouco
provocando a demência
que me obriga a correr
como um cavalo louco
o tempo para viver
no campo de flores
da minha existência

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

RECORDAÇÃO



As folhas douradas
que o vento do outono
depositava no chão
lembravam-me os teus cabelos
espalhados na cama
quando o amor nascia em nós

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

POESIA ÉS TU



Porque te foste embora
e levaste contigo a água
das palavras
que me matava a sede
de poemas?
Poesia és tu,
e não poema!
Agora,
como posso contar-te
como te penso
quando ouço o cantar dos pássaros
pelo alvorecer,
ou como te espero
ansioso
ao pôr do sol
pelo entardecer,
para te dizer
a loucura que é esperar-te,
se não tenho as palavras
que me roubaste
com a água que levaste contigo?
Poesia és tu
e não poema!
Volta!
Vem matar a minha sede
de ti
poema,
se poesia és tu.