domingo, 2 de outubro de 2011

ERÓTICA




Palavras de paixão
obsessivas
num silêncio erótico.
A fala dos gestos
na linguagem dos sentidos.
O veludo da tua pele,
o vermelho dos teus lábios
o agridoce do sexo.
Querer estar em ti
não estando em mim.
Dizer dos corpos
numa aventura
por estranhas paragens
onde só nós existíamos.
O amor!
O nosso amor era uma droga,
dura,
que nos levava
por mundos inventados.
Tudo isso
me contava teu corpo
na conversa que tínhamos
a dois.



sábado, 17 de setembro de 2011

AMARAMARAMARA::::::::::




Eu amo-te por ti mesma,
Mulher,
porque não és
oposto de mim mesmo
mas meu próprio complemento.
Como é belo amar-te.
Coberta a noite,
longos cabelos nos vestem
penteados por raios de luar,
nus de preconceitos
como a natureza
no renascer
de cada primavera
no cio dos animais,
no silêncio absoluto
de uma cópula ancestral
de milhões de anos.
Como é belo amar-te,
conjunto definido,
amor,
num tempo indefinido 
ainda que o seja
apenas em pensamento.
Como é belo amar-se!
Eu amo-te,
Mulher,
porque não és
oposto de mim mesmo
mas meu próprio complemento.
Eu amo-te por ti mesma. 
                                             

quarta-feira, 29 de junho de 2011

MARIANA




Oh sinhô, sinhô
Espera que eu vou dá uma flô
e Mariana lá ia buscar uma flor.
Umas vezes amarela,
cheia de luz como o sol
que brilhava nos seus olhos.
Outras vezes branca,
branca, pura, imaculada,
como a menina
que me dava as flores.
A vida,
não nos deixa estar onde queremos!
Que saudades eu tenho
da menina dizendo,
Oh sinhô, sinhô
espera que eu vou dá uma flô.
Que saudades eu tenho das flores
da Mariana.

domingo, 1 de maio de 2011

SONHANDO ACORDADO


 




Quando em rimas sonho você
não faço rimar meus versos
do modo mais diverso
porque teria, como vê,
de fazer rimar o amor
com a dor de estar distante
e a saudade
ensombraria a felicidade
nascida nesse instante,
matando assim o sonho no momento
em que do coração à alma
acode tal sentimento.
Porém, fechando os olhos nessa calma,
abro meu coração e vejo
o seu cabelo esvoaçando ao vento
e no seu rosto eu também vejo,
brilhando, toda a luz do firmamento




DIA DA MÃE




O dia da minha mãe
são
 trezentos e sessenta e cinco dias
por ano,
trezentos e sessenta e cinco dias
de lembranças
trezentos e sessenta e cinco dias
de saudade
trezentos e sessenta e cinco dias
do ano,
que não cabem num só dia.