segunda-feira, 3 de maio de 2010

MÃE


"Os mortos só morrem
quando morrem
no coração dos vivos"
.......
.......

Ainda hoje sinto na boca
o travo amargo daquela noite.
Há quantos anos?
Não sei!
O tempo não se mede
pelas voltas dos ponteiros
do relógio
ou pelo arrancar das folhas
do calendário.
O tempo,
mede-se pela dor que nos bate
sempre que a lembrança
ao pensamento ocorre.
São milhões de instantes
contados
dentro de nós,
ontem hoje e amanhã.
Mas o que é o ontem
o hoje e o amanhã
se nada disso existe
quando o tempo recorda
o travo amargo
que me ficou na boca
naquela noite em que,
impotente,
te senti
escorreres-me pelos dedos
 e te foste,
para todo o sempre
Mãe.

8 comentários:

Ianê Mello disse...

Saudade sentida, a compreendo bem.

Belo poema , amigo.

Você sumiu dos blogs.

Sinto sua falta.

Grande beijo.

Lídia Borges disse...

Enternecedor!

Um abraço!

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Caro amigo.

Obrigado pelas palavras generosas
deixadas em meu blog.

Mãe é algo sublime.
Esta semana estarei postando um texto que traz idéias
parecidas com as tuas,
sobre um texto que nunca tive coragem de publicar
pela dor que a perda de alguém nos traz.

Somos agora irmãos das palavras.

Que a vida esteja plena em ti.

mARa disse...

Um beijo!

saudades!


Paz e Luz!

Namastê!

(diga-me a quantas anda teu livro...conta-me novidades, quero acompanhar...teu sucesso, lógico)

mARa disse...

Lindo Anjo de Além mar, onde estás?

Saudades, pelo visto já quase acabando o Livro ou os...rssss...dá notícias.

Beijo!


Paz e Luz!

Namastê!

Anónimo disse...

dulce como la miel!
un abrazo
lidia-la escriba

Unknown disse...

Esse gosto amargo na boca....


Maravilhoso poema! Dá para chorar. MUITO!


Beijos

Mirze

GEO disse...

Publicarás al fin?
me alegra tanto!!!!
un beso...
dos besos...
tres besos...