sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

SE EU PUDESSE


Se eu pudesse
cruzar este imenso vazio
que nos separa
e ir até ao horizonte
onde tu paras
encontraria o lugar onde nasceu
a tristeza
que ensombra o olhar teu.
Dessa tristeza,
se pudesse,
eu trocaria o véu
pelas estrelas encantadas,
por um arco-íris de alegria
e tudo isso eu daria
por uma noite acordada.
Roubava ao sol a magia
e às estrelas apagadas
o doce canto do dia
para acordar a alvorada.
E para que nada restasse
dessa tristeza nascida,
eu guardaria fechadas
mais que fechadas,
escondidas,
as palavras que falassem
das letras da solidão,
deixando só que cantassem,
que cantassem essa paixão,
tão grande e tão vivida
nas lembranças dos desejos
e das noites só perdidas
trocando suaves beijos.

2 comentários:

Lídia Borges disse...

Lindo!

Realço:

"Roubava ao sol a magia
e às estrelas apagadas
o doce canto do dia
para acordar a alvorada."

Estes versos gostaria de os ter escrito...

Um beijo

Sara disse...

Ai se eu pudesse...dizia coisas agora, que me fariam chorar... o melhor é ir-me embora... Bjs