sexta-feira, 7 de agosto de 2009

ALEPH



Eu sou a constante do vazio universo
Eu sou o principio do tudo e do nada
Eu sou o instante do verso e reverso
Eu sou o inicio e a obra acabada.
Eu sou o inverso e o que não sou
Sou de tudo escravo mas sou libertado
Sou do universo e nunca me dou
Eu estando preso estou em todo o lado.
Sou o que preenche todos os momentos
Sou o que passeia da partida ao fim
Estou entre a ideia e o pensamento
Sou o que começa e acaba em mim.
Eu estou para lá do próprio infinito
Eu sou o instável eu não tenho idade
Sou imensurável eu não sou finito
Eu sou o que há na eternidade.
Sou o próprio ser o sim e o não
E estando a reger todo o universo
Quererem condensar-me num só verso
É querer apagar a luz e a escuridão
Eu sou o abstrato vazio universo
Eu sou o Aleph sou a criação!

3 comentários:

Patrícia Lara disse...

Oi Akhen!

Passando para pôr a leitura em dia.

Que maravilha esse poema!
Quando li pela primeira vez esse conto do Borges, fiquei fascinada!

E vc soube fazer uma leitura perfeita, poeticando...
Tá lindo demais! Parabéns!

Um grande abraço e tenha um lindo fim de semana.

Patrícia Lara

Rosele disse...

Nossa!
É realmente muito, muito bom!
Me lembrei da música do Raul Seixas: "Eu sou o início, o fim e o meio"

Parabéns!!

Layara disse...

...somos tudo e somos nada
somos o Amor em estado bruto...
somos o que somos...

beijos!