
Os teus olhos de veludo negro,
são frestas abertas na cortina da noite,
por onde espreita a luz da manhã.
O teu cabelo negro,
asa de corvo,
é a moldura do teu rosto moreno,
da cor da tarde.
O teu corpo dourado
é a linha ondulante da areia quente,
do deserto.
Tens dentro de ti
os mistérios insondáveis do infinito;
mas quando te olho,
assusta-me pensar que tudo isso
não sirva, somente,
para alcançar um contrato,
a tempo incerto,
numa dessas boutiques
desta nossa cidade.
3 comentários:
Oi...
Que beleza de retrato! rs
Lindo demais este poema, parabéns!
Abraço,
Patrícia Lara
Tem bom aspecto a rapariga....
beijos
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Seu poema é lindo! Imagens muito bem elaboradas, mas, o final nos deixa um tanto tristes...Sim, como é triste pensar que muitas pessoas fazem da sua beleza, um passaporte para o mundo dos refletores...
Beijos de luz e o meu agradecimento pela gentil visita e interação!
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